EN2 - Etapa 3 - Peso da Régua a Penacova
EN2/3º Dia: Peso da Régua - Lamego – Castro D’Aire – Viseu – Santa Comba Dão – Barragem da Aguieira – Penacova
Bem cedo fizemos um treino de atletismo na ecopista à beira do Douro e assim desfrutar da beleza do grandioso Douro. Mais tarde visitámos o museu e a estação ferroviária, ficámos tentados a atravessar a ponte pedonal porém como já conhecíamos decidimos avançar para Lamego, não sem antes comprar uns rebuçados da Régua a uma vendedora ambulante.
Lamego é descomunal em património histórico, desde o Ex-Libris do Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, a majestosa Sé, Igreja de Santa Maria de Almacave, Museu de Lamego e a grandiosa avenida que nos leva ao santuário, cada recanto é uma surpresa pelo que passeámos por diversas ruas.
Do lado contrário ao Santuário, na colina, visitámos o Castelo (Torre), Núcleo Arqueológico da Porta dos Figos (tem um esqueleto com mais de 1.000 anos), Cisterna e descemos pela rua íngreme que nos leva à avenida. Estávamos de partida mas não podíamos ir sem provar a famosa bôla na badalada “casa das Bôlas”.
Na saída passámos pelas Caves Raposeira e que vontade deu de visitar, porém, entraram em agenda para uma próxima visita.
Daqui, fizemos um desvio até Lazarim, a simpática terra do famoso entrudo tão português com as suas máscaras de madeira de amieiro, estivemos à conversa com um artesão que nos deu a entender que a tradição se mantém forte e, claro está, marcámos em agenda onde passar o próximo Carnaval.
Deixámos também para outra data as portas de Montemuro porque achámos que merece uma visita de mais tempo. O rumo era Castro D’Aire.
Chegámos pela hora de almoço, decidimos comprar comida num comércio local e presenteámo-nos no jardim público, passeámos pelas ruas, visitámos a Casa da Cerca (atual Museu Municipal), Solar dos Aguilares, Pelourinho, Capela das Carrancas e imponente Igreja Matriz, terminámos com a compra dum bolo podre, sim, o típico, tão bom…
Pouco à frente, após a saída visitámos as termas do Carvalhal e tínhamos de tomar outra decisão difícil que, naturalmente já se sabe onde ficou por vermos que vale a pena uma escapadinha de fim de semana, zona de S. Pedro do Sul as aldeias de xisto, fica para uma próxima com certeza.
Após a saída em Castro D’Aire fizemos um pequeno desvio de alguns minutos pela A4 devido a uma derrocada sobre a EN2 que por isso se encontra fechada.
Chegámos a Viseu, atravessámos a cidade e porque a conhecemos bem derivado à proximidade que temos da zona onde vivemos decidimos parar apenas para carimbar o passaporte, mas deu vontade de ficar, tem muito para ver, o potencial histórico e paisagístico é tal que bem merecia um destaque especial porém ficou também na agenda para mais amiúde, destacamos a Sé Catedral de Santa Maria, Museu Grão Vasco, Praça Dom Duarte, estátua do Viriato, Praça da República, Parques e passear pelas ruas Formosa e Direita, desfrutar no final das belas esplanadas nas praças.
Diretos a Santa Comba Dão, lugar irresistível a um passeio pela cidade, inevitável passear pela Ponte Românica, igreja Matriz, Largo do Municipio e o Miradouro do Outeirinho que é palco de uma bela paisagem sobre o Rio Dão com a ponte onde passa o IP3 e a nossa EN2 a passar por baixo.
Na saída de Santa Comba Dão há placas novas a mencionar EN2 contudo fazem-se uns metros na IP3 e ainda à frente tem um troço bastante sinuoso, porém, encantador junto à Barragem da Aguieira que logo aproveitámos uma saída para a visitar, bem que vale a pena é de grande imponência esta obra de engenharia moderna.
Chegando à entrada Penacova vemos a Livraria do Mondego, uma parede de rochas sobressaídas na vertical que mais fazem lembrar uns livros colocados numa prateleira.
Ao nosso redor vemos uma paisagem particularmente arboreal de encostas com grande altitude de características rochosas mas o que predomina são os grandes e sumptuosos arvoredos de eucaliptos e castanheiros e para nos pasmar ainda mais subimos ao miradouro Penedo de Castro que nos deixa completamente reduzidos a uma insignificância humana perante majestosa paisagem e imponente natureza.
Visto que cada dia para nós é uma surpresa sem sabermos onde vamos ficar, quando chegamos ao fim da tarde analisamos se ficamos onde estamos ou se ainda avançamos para uma próxima paragem a fim de ganhar algum tempo, no dia de hoje decidimos ficar por Penacova aproveitando dar um salto de 8 Kms a Lorvão e observar o imponente mosteiro, valeu a pena.
Conseguimos alojamento em Vila Nova mesmo ao lado de Penacova “Charrua do Mondego” (962868645) que adoramos e recomendamos.
Que dia mais íncrivel este, a diversidade de paisagens, de culturas, de socalcos, de montes, de costumes, de pessoas, tudo nos levou a uma grande absorção de emoções e temos de descansar...
Próxima etapa: Penacova – Lousã – Góis – Pedrogão Grande – Sertã – Vila de Rei – Abrantes – Ponte-de-Sor – Barragem de Montargil
Em breve....