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Emotions in Beiras

Organizamos passeios meditativos com atenção plena à natureza. Ativar os sentidos e ver as coisas como elas são.

Emotions in Beiras

Organizamos passeios meditativos com atenção plena à natureza. Ativar os sentidos e ver as coisas como elas são.

Qua | 29.01.20

A Lagoa do Cântaro

Dulce Ruano

 

 

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A Serra da Estrela é um encanto de beleza natural, de imponência, majestosa e tantas vistas quantas os nossos olhos conseguirem ver, a paisagem muda quase a cada passo dado, tanto no trilho, como na subida de uma rocha, subimos, descemos e a cada momento nos desafia imaginar o que há do lado de lá, quase por dedução nos parece que é já ali o destino a que nos propomos mas em seguida percebemos que ainda não é, desafia-nos a todo o instante e quando chegamos ao objectivo aparece tão rápido, sem darmos conta que é mesmo ali.

Objectivo: Lagoa do Cântaro

Tempo: 4 horas

Lançado o desafio de visitar a Lagoa do Cântaro, partimos do Covão D’Ametade na direcção da parede dos fantasmas, essa mesma que noutros tempos nos serviu de aprendizagem à escalada e rapell, continuámos pelo trilho e uma vez alcançada alguma altitude estamos no alto que nos permite ter uma paisagem tão deslumbrante que dá vontade de lá ficar a olhar de tanta magnitude e do quão soberba é a natureza em nosso redor, de lado os Poios Brancos e em baixo o vale glaciar que nos conduz à entrada de Manteigas, para trás vamos deixando o majestoso Cântaro Magro e o Poio do Judeu lá está parecendo um pequeno pontinho que ali foi deixado ao acaso, mas não, é apenas a maior rocha solta da Serra da Estrela.

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Seguimos e derivamos à direita surgindo o Vale da Candeeira, o ar gélido sente-se devido à profundidade a que se encontra, observamos e petrificamo-nos uma vez mais com esta beleza.

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Sem querer dali sair sabemos que temos de o deixar e voltamos ao nosso percurso, os cheiros que nos invadem de aromas florais e da vegetação fazem-nos respirar mais fundo, as flores selvagens e as rochas são sempre dignas de registar bem como tantas paisagens que parecem cenários que estão sempre em movimento, o dinamismo é tal que nos presenteiam constantemente com ângulos que temos de registar.

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Sabendo que é preciso contar com os momentos de contemplação e são muitos, chegamos à Lagoa após 2 horas de caminhada, é grande e encontra-se engolida de vegetação em seu redor sem nos permitir um espaço para o nosso descanso mas há que o procurar e dar um retoque às nossas energias.

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Em nosso redor tudo é de cortar a respiração, quase sem fôlego e não é pelo cansaço, é mesmo pelo deslumbre, paraíso no seu mais puro significado, à nossa frente o grandioso e farto Cântaro Gordo, a vegetação é imensa e densa, a água transmite mistério pela sua cor verde e de aspecto profundo, os nossos olhos ficam colados como que a aguardar que um monstro enorme submerge do seu interior mas não dá medo, dá sim vontade de ali permanecer muito tempo em contemplação.

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Depois há o regresso, optámos pela grande subida a pique que nos consome meia hora, de vez em quando é obrigatório olhar para trás, o grandioso rochedo do Cântaro Gordo vai escondendo a Lagoa, ao mesmo tempo vamos sentindo a vitória daquela subida sabendo que logo após vamos descer a pique até ao Covão Cimeiro onde nasce o Rio Zêzere, à nossa frente emerge o Cântaro Magro e a derradeira descida, uma grande parte em rocha para o Covão D’Ametade.

O vislumbre de tanta paisagem magnifica, diga-se que é coroada de tanto disparo fotográfico mas o que digo é que feliz é aquele que por ali andou e captou para si cada registo, não há fotografia, não há palavras que descrevam tamanha beleza, o desafio é ir lá.

Contactem.nos: discoveryemotions@gmail.com

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Atividade realizada em Junho 2018

 

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